Gerês: a pérola das cascatas e da natureza
Sou da natureza e encontro nela um calmante para a mente. Estava a precisar de serenar e o "Trilho das 7 Pontes", no Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), foi o lugar escolhido para tranquilizar e repor energias. Saio sempre de alma lavada depois de percorrer os trilhos, e este não foi exceção.
Que maravilha de percurso. Um cenário idílico com paisagens lindíssimas. E as lagoas e cascatas de água cristalina que encontrámos? Sem palavras para tamanha beleza. Não apetece arredar pé, só contemplar e fotografar. E foi isso que fizemos. Com muita calma, caminhámos, apreciámos e absorvemos cada vista, cada canto e recanto, cada pormenor deste deslumbrante trilho.
O dia começou cedo e a ansiedade estava ao rubro. Tinha muita vontade de regressar ao Gerês e de me “perder” pelos trilhos e pela natureza.
Depois de, mais ou menos, uma hora e meia de viagem, chegámos à Portela do Homem, na fronteira com Espanha. No percurso até aqui, já tínhamos ficado extasiados com a beleza que fomos encontrando, as árvores estão com uma cor verde tão bonita que não tem explicação.
Estacionámos o carro e de mochila às costas, com o farnel para o dia, demos início à nossa caminhada.
Tal como disse anteriormente, íamos fazer o Trilho das 7 Pontes mas quando nos preparávamos para iniciar a nossa jornada, verificámos a existência de um pórtico do ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), com a indicação que não podíamos avançar por aquele sítio, pois carece de autorização prévia.
Um senhor do ICNF alertou-nos que para ir por este percurso é necessário enviar, com antecedência, um e-mail para o ICNF com os seguintes elementos: nome, número de pessoas, data e hora da caminhada. É necessário e muito importante, ser prudente e cumprir todas as regras de segurança e do ICNF.
Sendo assim, iniciámos o percurso por outro caminho, logo ao lado
deste, atravessando diretamente a Mata de Albergaria. O trajeto foi só de Seis
Pontes e não pôde ser circular. No fim da sexta Ponte tivemos que repetir o
percurso de volta ao carro. Gostava de ter feito o percurso completo, mas
regras são regras e são para ser cumpridas e respeitadas. Mas convenhamos que ter
que repetir o trilho não foi aborrecido, pelo contrário, foi muito agradável
devido à paz e envolvência que encontrámos.
Águas
cristalinas e uma paisagem arrebatadora dão um toque mágico a todo o percurso
O início é feito por entre (bastantes) pedras e frondosa vegetação. Após pouco mais de um quilómetro de caminhada avistámos a primeira Ponte, de seu nome, Ponte de São Miguel e que magnífica que é. Todas as Pontes são perto umas das outras e cada uma tem a sua beleza.
Primeira Ponte - Ponte de São Miguel |
Deixo um alerta apenas para a sexta Ponte. Fica no fundo de um penhasco e temos que estar muito atentos, pois passa despercebido, para ver o trilho que nos leva até ela. Como todas as outras, vale mesmo muito a pena conhecer.
Pormenor da Sexta Ponte |
Todo o percurso é
feito por entre paisagens arrebatadoras, numa total harmonia com a natureza e a
paz que se sente no local, e sempre à espera de descobrir os magníficos
segredos que estão escondidos na Serra: os poços naturais, com uma cor límpida
verde-esmeralda. Mesmo sendo a água fresquinha, é convidativa a refrescar-nos
nos dias de maior calor, em que procuramos por experiências refrescantes, mas
ao mesmo tempo agradáveis.
O Gerês é um local cada vez mais
procurado, não é difícil saber os motivos. É uma das regiões mais bonitas de
Portugal, tem imensos tesouros naturais e muito para oferecer quem a visita, por
isso é normal que no Verão, a melhor altura para tomar um banho refrescante nas
Lagoas, seja também a altura mais propícia a encontrar muitos turistas. Por
isso, a minha sugestão é, caso seja possível, e pretenda desfrutar da
tranquilidade, vá durante a semana.
Ainda estou “esmagada” com as paisagens deslumbrantes que assisti. Ainda estou a levitar, no silêncio da montanha, só com o som retemperador dos pássaros.
Que leveza, para a alma e para o corpo.
O Gerês é mágico e de grande beleza natural, é o paraíso dos trilhos e existem (muito) boas razões para fazer esta vereda imperdível.
De
que está à espera? Faça-se à viagem!
Informações úteis:
O que devo levar?
Água, chapéu, calçado apropriado, farnel, telemóvel e/ou máquina fotográfica. No caso de fazer o percurso no Verão, fato de banho e protetor solar
Duração do percurso: depende do ritmo de cada pessoa e das paragens que efetuar, mas mais ou menos, três horas
Dificuldade: fácil
Total de quilómetros: cerca de oito
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Fabulosa sugestão!!🤩 Já fiz este percurso e é, para mim, um dos nais bonitos do Gerês!!💚
ResponderEliminarLindas fotos com magníficas paisagem envolvidas no meio de águas cristalinas e de um verde puro e tranquilidade 🌲🌳 beijinhos e continua a escrever esses lindos textos ... Manuela Cerqueira ❤️
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