Passadiços do Côa desenhados na Natureza

Portugal é um país muito bonito e com uma infinidade de lugares mágicos para explorar, tornando-se difícil escolher qual o destino a conhecer. O mesmo se passa com os Passadiços, pois são vários, uns mais recentes, outros renovados, uns mais curtos, outros mais longos, uns com paisagens envolventes florestas, rios, praias, quedas de água, outros serpenteando locais mais recônditos. Existem para todos os gostos.

Colocámos pés ao caminho e fomos conhecer os surpreendentes Passadiços do Côa que ligam duas paisagens classificadas Património Mundial pela UNESCO: a Arte Pré-Histórica do Vale do Côa e o Douro Vinhateiro

Situados em Vila Nova de Foz Côa, estes Passadiços fazem a ligação entre o Museu do Côa e a desativada Estação Ferroviária do Côa, nas proximidades da foz do rio Côa, mas já voltada para o rio Douro.

Estacionámos o carro no Museu do Côa, demos corda às sapatilhas e partimos em busca da partida do percurso.  

Chegadas ali, contemplámos a inigualável paisagem e o rio tranquilo lá ao fundo, inspirámos, respirámos fundo, ganhámos fôlego e começamos a descer, imaginem só, nada mais nada menos do que…890 degraus. 

Tive a companhia da Maria João durante algum tempo até que disse que preferia ficar a admirar a paisagem. Aceitei, como é óbvio, de boa vontade, e como tínhamos o avô materno connosco lá ficaram os dois e eu segui caminho. 

À medida que caminhava ia olhando para trás e acenávamos uma outra. Até que deixei de ter visão para os meus companheiros e como os Passadiços do Côa são um santuário de tranquilidade que oferecem a possibilidade de mergulhar na natureza, de ouvir o silêncio e de estar em harmonia comigo e a envolvente, quando dei por mim já tinha descido todas as escadas!

Ao longo do percurso pedestre existem painéis informativos e postos de observação que são umas verdadeiras varandas naturais.

Quando foi para subir é que foram elas, mas fui fazendo pausas e como o ar puro, a paisagem natural marcada pelos socalcos das encostas agrestes do vale e a serenidade dos rios Douro e Côa, que aqui se cruzam, são companhia omnipresente continuei o trajeto. 

Estava quase na reta final, quando embrenhada nos meus pensamentos, ouvi “mamã, vim ao teu encontro”. Lá estava à minha frente a Maria João, que resolveu vir ter comigo com a missão de me ajudar a terminar o percurso. Era o combustível que me faltava para dar por concluída a etapa.

Apesar da exigência do percurso, acredite, este é mesmo um dos Passadiços de Portugal que tem de fazer…pelo menos uma vez na vida. Gostei muito da experiência que incluo na minha lista dos melhores passadiços de Portugal.

Como o percurso carece de sombras, aconselhamos que tenha em conta isso em dias de maior calor. Nesses dias opte por ir de manhã bem cedo ou, então, ao final da tarde. 

Informações úteis sobre os Passadiços do Côa:

Distância: 930 metros

Número de Degraus: 890

Desnível: 160 metros

Percurso: Linear

Dificuldade: Alta

Local de Partida/Chegada: Junto ao Museu do Côa

👉 Essenciais para levar:

* Água e snacks

* Calçado e roupa adequada a caminhadas

* Chapéu e protetor solar

* Máquina fotográfica ou smartphone para registar os momentos

* Saco para trazerem o lixo

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